Arapongas a capital Moveleira do Brasil
Arapongas, no Norte do Paraná, é oficialmente a Capital Moveleira Nacional. O título foi concedido pelo governo federal com a publicação da Lei 14.728/2023, resultado do projeto de lei que tramitou no Congresso Nacional.
Com 119 mil habitantes, Arapongas tem na indústria de móveis sua principal força econômica. De acordo com o Sindicato das indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), o polo engloba 42 municípios da região e representa 10% de toda a produção nacional de móveis. No total, são 1.009 empresas na região, sendo que só Arapongas abriga 37%, totalizando 376 plantas industriais. Toda a cadeia emprega 19,5 mil pessoas nos 42 municípios, sendo 64,6% dessas vagas somente em Arapongas, totalizando 12,6 mil postos de trabalho no município.
“Esse título de Capital Moveleira Nacional era uma aspiração antiga nossa que valoriza não só o nosso volume de produção, mas também a qualidade dos nossos móveis, que são produzidos com preocupação ecológica”, destaca o presidente do Sima, José Lopes Aquino.
Segundo o diretor do sindicato, o polo moveleiro de Arapongas representa 12% do volume total exportado pelo Brasil. O destino varia de 40 a 60 países, dependendo do momento do ano. “Nossa produção vai para países da América Latina, Estados Unidos, Europa, Ásia, Oriente Médio, além da África. E com esse título teremos mais credibilidade e visibilidade para buscarmos novos clientes no exterior”, avalia.
O polo moveleiro de Arapongas começou a se estruturar na década de 1970, quando o Norte do Paraná deixou de ser o maior produtor de café do Brasil. Em julho de 1975 a região foi atingida por “geada negra”, que queimou praticamente todos pés de café, mudando o cenário socioeconômico do Paraná.
O secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, afirma que a escolha de Arapongas como Capital Moveleira Nacional faz jus à produção do município, referência nacional do setor. “A produção de móveis em Arapongas é uma das forças da economia paranaense. Portanto, nada mais justo do que esse reconhecimento do Congresso de um setor que gera muitos empregos e arrecadação para o Estado”, aponta.